QuartaCapa
O Homem que Caiu na Terra Goodreads
The Man Who Fell to Earth
author: Walter Tevis translator: Taissa Reis DarkSide Books 2016 - 8
O Homem que Caiu na Terra tornou-se um verdadeiro clássico da literatura e uma das mais refinadas, sutis e delicadas ficções científicas já escritas. Publicado originalmente em 1963, ganhou reconhecimento em todo o planeta com a adaptação para o cinema dirigida por Nicolas Roeg em 1976. O filme também marcou a estreia de David Bowie no cinema encarnando o protagonista alienígena – para quem o papel parecia ter sido especialmente pensado (o que não foi o caso): um ser andrógino, impúbere, alto para os padrões terráqueos, delicado, magro, polido e que tenta se adaptar à vida terrestre para sobreviver entre os humanos.

Thomas Jerome Newton veio de Anthea para a Terra em uma missão desesperada para salvar os poucos habitantes que ficaram em seu longínquo e desconhecido planeta. Para isso, precisa construir aqui uma nave que possa trazer os 300 de sua espécie que ainda vivem em um planeta onde a água acabou e os recursos são cada vez mais escassos.

Com conhecimento e inteligência muito superior aos humanos, Newton logo se torna um bem sucedido empresário do ramo de patentes tecnológicas e também descobre a solidão, o desespero e o álcool – criando uma delicada parábola sobre as mudanças que estavam ocorrendo entre os anos 1950, com o início da Guerra Fria.

Escrito com vigor e com uma prosa carregada de tensão poética, Walter Tevis produziu uma das ficções científicas mais realistas sobre um alienígena que vai absorvendo o dia a dia, o jeito e os vícios humanos pouco a pouco. Realista o suficiente para se tornar uma metáfora daquilo que todos nós carregamos: uma indescritível angústia e solidão existencial.
Visões Perigosas Goodreads
author: Adriana Amaral Sulina 2006 - 1
Em "Visões Perigosas: Uma Arque-Genealogia do Cyberpunk Comunicação e Cibercultura", a jornalista e doutora em comunicação, Adriana Amaral investiga as transformações dos diversos conceitos de cyberpunk dos anos 80 até os a metade dos anos 2000, apresentando a Ficção Científica em sua disseminação estética na comunicação e na cibercultura. A autora traça a evolução do movimento literário de gueto nos anos 80 até a sua reverberação e a presente influência nas múltiplas subculturas da sociedade contemporânea.

O livro faz um mergulho na estética cyberpunk e em seus elementos, tecendo uma trama de articulações em suas ordens distintas: literária, tecnológica, cultural, sociológica, musical e cinematográfica, através da análise das características dos diferentes períodos e correntes da Ficção Científica, do Período Clássico até o Pós-Cyberpunk. O romantismo gótico aparece como uma das forças originais que participam da gênese desse subgênero, herdeiro das distopias obscuras e da relação homem-máquina que emergiram com a Revolução Industrial.

Para além do lado "cyber", Amaral penetra nas variadas concepções da chamada atitude "punk", a partir da sua influência nas mais diferentes mídias e tecnologias de comunicação, seja na filosofia de vida e ética de compartilhamento hacker ou no estilo visual-sonoro do rock industrial e da música eletrônica soturna. Visões Perigosas apresenta um competente mapeamento do legado do cyberpunk na cultura eletrônica, conduzindo os leitores por momentos ilustrativos desse imaginário feito de carne e silício.
Veia bailarina Goodreads
author: Ignácio de Loyola Brandão Global Editora 2008 - 1
O título, tão sugestivo e poético, esconde uma ameaça terrível. Certa manhã, ao acordar, Ignácio de Loyola Brandão encaminha-se para a cozinha, quando o "corredor balançou como um navio". Sem se abalar, resolve conviver com o problema. Tonturas, quem não as tem? O autodiagnóstico indicava uma labirintite inocente. Para que se preocupar? Meses depois, o escritor encontra-se a caminho do centro cirúrgico de um hospital, para uma "cirurgia brutal", a trepanação.

Ou seja, os médicos iam lhe abrir a cabeça. Era portador de um aneurisma cerebral (que os médicos chamam pelo dançante nome de veia bailarina), "uma granada dentro de minha cabeça, que podia explodir a qualquer momento". Por sorte, a granada fora diagnosticada a tempo. Se explodisse, ia deixá-lo inválido, um vegetal. Enquanto aguarda a operação, mais ou menos como o náufrago que está se afogando, o escritor dá um balanço em sua vida; a ameaça do aneurisma, a ansiedade se misturam a velhas perplexidades, revê situações, amigos, como num cineminha particular, reflete, indaga a si mesmo.

Como observa Deonísio da Silva, "Veia Bailarina é um livro sobre a dor, o medo, as nossas perdas de cada dia, as do varejo, e aquelas acumuladas ao longo da vida, no atacado". Mas, em nenhum momento, felizmente, o escritor sucumbe à tentação de se lamuriar. A situação é inquietante, dramática, mas o tom é suave, bem-humorado, por vezes sarcástico. Após o êxito da operação e a recuperação, com o prazer de se constatar vivo e saudável, o escritor extrai de toda aquela amarga experiência uma lição elementar. Tinha de recomeçar. Viver a sua vida, com o que ela tem "de bom e ruim, com alegrias e inquietações, sofrimento e felicidade, encargos, chatices, encontros e desencontros". A redescoberta da vida.
Histórias de Robôs - Volume 3 Goodreads
author: Isaac Asimov L&PM 2005 - 1
Histórias de robôs - volume 3 - "Entre no espantoso mundo da antecipação", convida Isaac Asimov no prefácio desta extraordinária antologia, incentivando o leitor a iniciar uma viagem fascinante ao mundo da inteligência fabricada artificialmente. Histórias de robôs reúne os melhores contos e novelas publicados sobre robôs e computadores, desde o alvorecer do século 20 até o seu término.

Nomes ilustres da ficção científica moderna, como Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, Lester Del Rey e o próprio Isaac Asimov, levantam aqui questões polêmicas e dilemas morais que se impõem toda vez que se pretende usurpar o caráter divino da criação. Será possível para uma forma de inteligência desenvolvida artificialmente sobrepujar e até mesmo destruir o seu criador? E essa nova forma seria, na essência, boa ou má? Utilizar os recursos da nossa inteligência para obter uma vida mecânica equivale a profanar alguma lei profunda e intocável? Histórias de robôs mostra como o futuro de ontem - o nosso presente - foi previsto pelos escritores de ficção científica, um dos sub-gêneros mais emblemático do século 20. E chega-se ao fim da antologia com as perturbadoras sugestões dos autores contemporâneos, empenhados em conjeturas sobre o que os robôs e computadores reservam para o futuro da humanidade.
Histórias de Robôs, Volume 2 Goodreads
author: Isaac Asimov L&PM 2005 - 1
Histórias de robôs' reúne os melhores contos e novelas publicados sobre robôs e computadores, desde o alvorecer do século 20 até o seu término. Nomes da ficção científica moderna, como Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, Lester Del Rey e o próprio Isaac Asimov, levantam aqui questões polêmicas e dilemas morais que se impõem toda vez que se pretende usurpar o caráter divino da criação. Será possível para uma forma de inteligência desenvolvida artificialmente sobrepujar e até mesmo destruir o seu criador? E essa nova forma seria, na essência, boa ou má? Utilizar os recursos da nossa inteligência para obter uma vida mecânica equivale a profanar alguma lei profunda e intocável? 'Histórias de robôs' mostra como o futuro de ontem foi previsto pelos escritores de ficção científica, um dos sub-gêneros mais emblemático do século 20. E chega-se ao fim da antologia com as perturbadoras sugestões dos autores contemporâneos, empenhados em conjeturas sobre o que os robôs e computadores reservam para o futuro da humanidade.
Histórias de Robôs, Volume 1 Goodreads
author: Isaac Asimov L&PM 2005 - 1
'Histórias de robôs' reúne os melhores contos e novelas publicados sobre robôs e computadores, desde o alvorecer do século 20 até o seu término. Nomes da ficção científica moderna, como Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, Lester Del Rey e o próprio Isaac Asimov, levantam aqui questões polêmicas e dilemas morais que se impõem toda vez que se pretende usurpar o caráter divino da criação. Será possível para uma forma de inteligência desenvolvida artificialmente sobrepujar e até mesmo destruir o seu criador? E essa nova forma seria, na essência, boa ou má? Utilizar os recursos da nossa inteligência para obter uma vida mecânica equivale a profanar alguma lei profunda e intocável? 'Histórias de robôs' mostra como o futuro de ontem foi previsto pelos escritores de ficção científica, um dos sub-gêneros mais emblemático do século 20. E chega-se ao fim da antologia com as perturbadoras sugestões dos autores contemporâneos, empenhados em conjeturas sobre o que os robôs e computadores reservam para o futuro da humanidade.
O Apanhador no Campo de Centeio Goodreads Goodreads
The Catcher in the Rye
author: J. D. Salinger translator: Jorio Dauster / Álvaro Alencar Editora do Autor 1999
Um garoto americano de 16 anos relata com suas próprias palavras as experiências que ele atravessa durante os tempos de escola e depois. Revela o que se passa em sua cabeça. O que será que um adolescente pensa sobre seus pais, professores e amigos?
O caso dos dez negrinhos Goodreads
author: Agatha Christie Editora Globo 2000 - 1
Oito pessoas de diferentes classes sociais são convidadas para passar as férias em uma mansão na Ilha do Negro por um Sr. e Sra. U. N. Owen. Ao chegarem, o mordomo e sua esposa, Thomas e Ethel Rogers, dizem que os anfitriões não estão ainda na ilha. Nos seus respectivos quartos, cada hóspede encontra um retângulo de pergaminho emoldurado em cromo com uma cópia do poema "Os Dez Negrinhos" na parede.
Jan. 1, 1999 read Para o #QuartaCapa cujo tema é "livro que foi um grande acontecimento na sua vida", trago "O caso dos dez negrinhos" (rebatizado para "E não sobrou nenhum"), de Agatha Christie.

O livro é aquele clichê dos romances policiais / detetivescos, mas marcou por ser meu primeiro empréstimo da biblioteca recém-inaugurada da minha escola, em 1998.

Aquele monte de livros, novos em folha, todos à disposição. Como é de praxe nesse subgênero, não consegui parar de ler até terminá-lo, o que fiz em dois dias.
Livros QuartaCapa
O sol é para todos Goodreads
To Kill a Mockingbird
author: Harper Lee translator: Beatriz Horta José Olympio 2006 - 10
Um dos maiores clássicos da literatura mundial. "O sol é para todos" ganhou o Prêmio Pulitzer em 1961 e deu origem a um filme homônimo, vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado, em 1962. Lançado pela primeira vez em 1960, até hoje vende mais de um milhão de cópias por ano em língua inglesa. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.

Nesta emocionante história ambientada no Sul dos Estados Unidos da década de 1930, região envenenada pela violência do preconceito racial, vemos um mundo de grande beleza e ferozes desigualdades através dos olhos de uma menina de inteligência viva e questionadora, enquanto seu pai, um advogado local, arrisca tudo para defender um homem negro injustamente acusado de cometer um terrível crime.

Uma história sobre raça e classe, inocência e justiça, hipocrisia e heroísmo, tradição e transformação, "O sol é para todos" permanece tão importante hoje quanto foi em sua primeira edição, em 1960, durante os anos turbulentos da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

Considerado um dos romances norte-americanos mais importantes do século XX, "O sol é para todos" surpreende pela atualidade de seu enredo e estilo. A lamentável permanência do tema, o racismo, percorre a narrativa de Scout, criança sensível, filha do advogado Atticus Finch, responsável pela defesa de um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca em Maycomb, pequeno município de Alabama, no sul dos Estados Unidos, no início dos anos 1930. Os sentimentos que cercam a família e a cidade de Scout - desde que Atticus se dispôs a cuidar do famigerado caso - são nossos velhos conhecidos: preconceito racial e social, conformismo diante das injustiças e a mais pura malícia destilada em relações banais e familiares. Apesar da crua humanidade desses personagens, Scout enxerga a realidade com o frescor dos olhos infantis, e conta sua história, deixando um improvável rastro de esperança.

Scout narra a rotina de um ambiente rural e pacato, as férias de verão com o irmão, Jem, e o melhor amigo deles, Dill, a curiosidade com os vizinhos, as travessuras inventadas, as aventuras na escola e a vida em família.

O conjunto de pequenos casos nos transporta a um lugar de aparente quietude. No entanto, esse suposto relaxamento se transforma e desespero quando vemos a reação da população de Maycomb diante de denúncia contra Tom Robinson.

O impacto da publicação e da contínua exposição de O sol é para todos o fez figurar em dezenas de listas e pesquisas, tendo sido escolhido pelo Library Journal como o melhor romance do século XX e eleito pelos leitores da Modern Library um dos 100 melhores romances em língua inglesa desde 1900. O livro apareceu pela primeira vez em uma lista feita por bibliotecários em 2006 como o livro que todos deveriam ler antes de morrer, seguido da Bíblia. Um clássico moderno que continua a emocionar jovens e adultos.
Jan. 3, 2016 read Para o #QuartaCapa sobre livros com citações que nunca esquecemos, trago O sol é para todos (Harper Lee):

"Eu não gostava de ler até o dia em que tive medo de não poder ler mais. Ninguém ama respirar".

Esta é a citação que está fixada no meu perfil do Skoob há mais de década.
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