Valeu! ❤️
Não fazia ideia que alguém notava que eu faço alguma coisa. Talvez eu não seja tão inútil quanto eu penso ser.
#NaReal
nareal
O que você sempre quis saber? Eu tenho a resposta. 
Atualizando minha apresentação:
Sou apenas um nerd que gosta de conversar e contar piada ruim.
Trabalho como desenvolvedor de software, principalmente #WebDev com #React, #NodeJS e #Deno.
Abraço o fediverso como ele me abraçou. Sou o responsável pelo #NaReal e outros projetos de código aberto por aqui. Além de ajudar na moderação da https://bolha.us
Cuidado ao me seguir: também estou perdido.
Rapaz, mas isso é complexo.
É um projeto em andamento, com mais contradições e disputas internas do que eles gostam de deixar transparecer. É uma experiência pra lá de interessante, na qual a gente deveria se inspirar e buscar parcerias no que for possível, ainda mais agora que a direita do PC da China está em um momento de defensiva, ao contrário dos anos 90, onde o país parecia caminhar para uma lenta conversão ao capitalismo.
Ao mesmo tempo, o projeto tem vários pontos bem questionáveis, como a incapacidade de superar o chauvinismo sobre Taiwan.
É se deixar ser conduzido docemente para o abate. Conhecer as verdades, identificar quem são os pastores que nos controlam nem sempre permite fugir do rebanho, mas permite lutar contra quem nos explora.
Tem dois livros, muito bons coordenados pelo Jessé Souza, anteriores a ele passar a escrever porcaria atrás de porcaria e editados pela melhor editora universitária do Brasil, a Editora UFMG. (Bizarro o quanto preciso justificar que o livro é bom, apesar do autor principal)
Ralé Brasileira - quem é e como vive que elabora em vários aspectos como a escravidão é a instituição estruturante da sociedade brasileira, que se organizou a partir da premissa de que sempre deve haver uma parcela grande de sub cidadãos de quem a sociedade pode se servir. A partir disso dá para entender melhor os ressentimentos de classe que os governos do PT criaram.
Os batalhadores brasileiros - nova classe média ou nova classe trabalhadora que estuda exatamente essa ascensão social, com alguns insights muito bons sobre como e por que isso desembocaria em um conservadorismo gigantesco que serviria de base orgânica para o bolsonarismo. (apesar de já ter umas bolas fora enormes como a ideia do "racismo de classe")
Esses dois acho que explicam bem as especifidades históricas mais relevantes do Brasil, mas o Brasil, e isso o Jessé acerta muito em repetir, não é tão específico assim. Na resposta, mais dois importantes globais.
Hi, rapaz, essa é longa...
Começa pelo fato de sermos um país católico. O protestantismo elevou a alfabetização da população porque as pessoas precisavam ler a bíblia individualmente.
Continua pelo fato do analfabetismo ter sido mantido artificialmente alto no Brasil desde a proclamação da república porque usavam a proibição do voto dos analfabetos como mecanismo de impedir a maioria preta e parda do país de votar. Estamos falando de um país que atingiu 50% de população alfabetizada só em 1950. A proibição do voto dos analfabetos só caiu em 88, quando o analfabetismo já tinha caído para 20% e tinha bem menos peso político.
Como hábito social, a leitura é bastante recente porque por muito, muito tempo, não havia sequer condições de que ela ocorresse.
O fato da leitura ser uma distinção da elite do país até pouco tempo atrás faz com que se crie em torno da leitura uma aura de autoridade, refinamento, etc. Essa aura por um lado torna a leitura um hábito desejado, mas ao mesmo tempo afasta grande parte da população e atrapalha o surgimento de um mercado editorial de massa e da literatura como entretenimento. Na janela em que o livro começa a ter possibilidade de conquistar público ele passa a precisar competir com a televisão, o que também atrapalha. Nesse período temos também muitas crises econômicas que impedem boa parte da população de comprar livros. Ou seja, as condições históricas para a leitura se difundir como um hábito social foram bastante ruins.
Para piorar, ocorre uma elitização da leitura como resultado de dois movimentos: o mercado editorial, buscando sobreviver às crises vai focando cada vez mais em produtos de luxo e o leitor elitizado, percebendo uma ampliação do hábito de leitura passa a hostilizar com muito mais virulência que antes autores populares, como Paulo Coelho, para pegar um exemplo onde isso é mais claro. O mercado editorial brasileiro vive de edições de luxo e literatura popular só é aceita se for estrangeira. 1/2
Salário, Preço e Lucro e Trabalho Assalariado e Capital são pontos de entrada bons na obra do Marx. Eu pessoalmente acho que melhores que o Manifesto, até.
https://social.subversida.de/@cochise/statuses/01K5EYR9ZEM9P699EHWN7VEGXJ
Racha num grupo de esquerda radical minúsculo?
Isso é mais uma terça-feira à tarde.
Estou levando o assunto tanto a sério quanto a croezinha (só é relevante se for para debater algo para além dele próprio)
Essa é uma boa pergunta, porque a resposta varia muito dependendo de quem responde.
Marx foi tão pioneiro, tão foda, tão genial, que Durkheim teve que inventar a sociologia para tentar refutar ele. Tão refinado, que só no século XX conseguiram elaborar uma visão sobre a relação entre matéria e cultura que competisse com o marxismo.
O estruturalismo, enquanto escola de pensamento, é derivado da semiótica, são os timoneiros da virada linguística. Não existe nada menos marxista que o pensamento estruturalista. Mas os estruturalistas criaram uma definição para si que incluiria o marxismo: a compreensão da sociedade a partir de suas estruturas invariáveis subjacentes.
Isso fez com que o marxismo nem ganhasse importância quando o estruturalismo estava na moda, nem escapasse das críticas quando o estruturalismo começou a ser criticado. Essa confusão acabou fazendo bastante mal ao marxismo.
Desde seu início, o marxismo entende que sim, é possível compreender a sociedade a partir de estruturas econômicas invariáveis, que sim, existem estruturas culturais subjacentes a esta estrutura econômica, que batizou de ideologia e que não, nenhuma dessas estruturas é determinística, já que a consciência de classe existe. Ou seja, o caráter estrutural da filosofia tem poder descritivo e preditivo em escala social, mas não individual e, mesmo em nível social, as estruturas podem indicar direções gerais, mas não prever eventos individuais.
Eu diria que o marxismo era melhor que o estruturalismo um século antes do estruturalismo surgir e que quem tenta rebaixá-lo a estruturalismo provavelmente o faz para emprestar os defeitos do estruturalismo ao marxismo e ter menos trabalho para criticá-lo.
Bastante coisa. Algumas completamente bestas.
Gente incompetente em cargo alto, injustiça, capitalismo, desonestidade intelectual, gente que coloca a sua moral acima da vida dos outros, acadêmico que paga de desconstruído, mas não se engaja em nenhuma forma de mudança do mundo, espaço público sem sombra ou sem lugar para sentar, show com som mal regulado... Primeiras coisas que me vêem à cabeça.
Um espetáculo cheio de som e fúria, escrito por um louco, nada significando.
E nossa tentativa de construir um lar dentro disso.