racismo
Permanecer bárbaro
Rester barbare
author: Louisa Yousfi translator: Diogo Santiago Autonomia Literária / GLAC Edições 2025
A integração social é tudo o que dizem ser? Não. Neste ensaio provocativo, belo e desafiador, Louisa Youfi desafia a sabedoria convencional que postula a integração como um bem puro, e mostra como a assimilação de povos pode equivaler à perda de tradições, religião, língua e cultura.

Inspirando-se no importante escritor argelino Kateb Iacine, Yousfi explora formas de resistir à hegemonia cultural e moral do Império. Citando uma ampla gama de referências, desde as personagens de Toni Morrison e Chester Himes, até as letras de rap dos "profetas da rua" Booba e PNL, Yousfi exalta as virtudes de sua identidade bárbara e defende aquelas almas corajosas que recusam-se em ser "domesticados".

Discutindo o 11 de Setembro, a era colonial argelina, o tratamento dado pela mídia às celebridades de origem árabe, ou o estatuto de segunda classe dos cidadãos franceses de origem imigrante, a autora se coloca como um espelho intransigente do Ocidente e de suas deficiências morais, como se dissesse: posso ser um monstro, mas quem é o verdadeiro monstro?

Com um amplo repertório de referências culturais que solidificam seu argumento, este pequeno livro é uma ferramenta que amplia e enriquece o debate sobre a política cultural anticolonial e sua estética da resistência.
Nunca mais?
Psychiatry's Role in the Occupation of Palestine
author: Campaign for Psych Abolition translator: edições insurrectas edições insurrectas 2025
Neste livro, o coletivo Campaign for psych abolition apresenta uma análise sobre o papel da psiquiatria como pilar de sustentação do extermínio realizado pelas forças sionistas há décadas contra o povo palestino.

O texto traça a história política da psiquiatria, sua criação e uso como modo de justificar a exploração violenta e tortura de povos colonizados ao redor do planeta, além de evidenciar a atualização e continuidade da empreitada colonial ocidental.
Medicina e colonialismo Goodreads
author: Frantz Fanon Terra sem Amos 2020
No texto, inédito em língua portuguesa, o autor apresenta diversas formas de resistência oferecidas pelo povo argelino ante a presença do médico-colonizador, como a desobediência ao tratamento, a recusa em explicar o que passava ou sentia, assim como a transformação dessa postura quando a Frente de Libertação Nacional (FLN) assumiu partes do cuidado da saúde do povo argelino em sua guerra de libertação contra o colonialismo francês, ocorrida entre os anos de 1954 a 1962.