comunismo
Welcome, or No Trespassing (1964) NeoDB Douban TMDB
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director: Elem Klimov actor: Evgeniy Evstigneev / Arina Aleynikova
other title: Benvenuti ovvero vietato l'ingresso agli estranei / Soyez les bienvenus
A satirical comedy about the excessive restrictions that children face during their vacation in a Young Pioneer camp.
Oct. 17, 2025 watched
muito divertido e bonzinho de assistir :) de fato, a fama que esse filme tem de ter inspirado "moonrise kingdom" do wes anderson (não sei se por admissão do próprio wes) não é à toa! as semelhanças são notáveis em termos de uso da câmera, senso de humor, tema, ludicidade e até de trilha sonora. eu só diria que neste filme, o uso da estética e desse aspecto simétrico é importante também para entender a narrativa e as críticas sociais que são feitas.

por meio de uma narrativa simples sobre um grupo de crianças numa colônia de férias, o filme faz uma série de comentários jocosos ao autoritarismo soviético. o formato de "filme infantil" foi utilizado de forma genial, servindo tanto pra despistar os censores como para ridicularizar ainda mais os alvos das críticas.
autoritarismo comunismo divertido urss
A dinâmica da revolta Goodreads
La dynamique de la révolte : Sur des insurrections passées et d'autres à venir
author: Eric Hazan translator: Lucas Parente GLAC 2020 - 5
Em 2015 Eric Hazan publicou este livro, um texto que se atém ao despontar das revoltas. Trata-se de um verdadeiro amálgama de histórias reais em que se revela o olhar cirúrgico do autor arquivista que se atira em detalhes; sua mirada cartográfica, que busca localizar as revoltas urbanas; e seu olhar de editor, já que o livro é um verdadeira compilação de histórias insurrecionais praticamente desconhecidas, citando diversos textos editados ou reeditados pela La Fabrique, sua editora. Como é comum de sua obra, Hazan evita toda grande síntese, preferindo as conexões tênues. O livro possui uma natureza compósita, que se almeja uma forma aberta, em que prevalece a colagem.

É um livro de história? Sim e não. Sim, porque abrange cerca de 220 anos de motins, levantes, insurreições e revoluções, desde a tomada da Bastilha até a queda de Ben Ali e Mubarak, passando por junho de 1848, a Comuna de Paris, as Revoluções Russas de 1905 e 1917, assim como as da Alemanha, China, Espanha, Cuba, do município de Xangai, da insurreição zapatista, etc. Não, porque não encontramos neste livro as habituais descrições "objetivas", nem as considerações morais que comumente os acompanham.

O objetivo de Hazan é claramente político: identificar na história da revolução o que pode ser usado para superar o pessimismo prevalecente e pensar com intensidade sobre a ação por vir. Veremos que as maiores insurreições partem da ira do povo e não do borbulhar de ideias políticas; que depois da vitória o caos, sempre brandido como uma ameaça, nunca surge; que um equilíbrio de poderes desfavorável pode ser revertido um dia; que os episódios mais famosos são frequentemente construções lendárias.

Este livro nos compromete a não mais ler esta "história" com os olhos dos eternamente derrotados, a não mais ver nela um repertório de catástrofes, mas uma fonte viva de lições e exemplos. A formação de forças revolucionárias requer a reapropriação de nosso passado.
Aug. 18, 2025 read
"hoje em dia, a democracia é um fetiche, um objeto investido de mágica que substitui o que não se quer reconhecer como um lugar vazio. não se quer renunciar à democracia porque ela desempenha o papel essencial de consolar uma ausência, a de uma sociedade que teria por objetivo a felicidade comum."
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