ética
Bakunin & Nechayev
author: Paul Avrich translator: Ian Caetano / Lira Furtado Nigra Koro / 1000Contra 2025 - 7
"A publicação Bakunin & Nechayev, do historiador Paul Avrich, chega num momento importante, em que, ao menos num setor restrito do Brasil, se aprofundam as discussões sobre Mikhail A. Bakunin. Apesar de sucinto, este escrito contribui com a compreensão da complexa relação entre ambos os russos que, mesmo tendo durado pouco tempo, teve consequências marcantes e duradouras, não apenas na história do movimento da classe trabalhadora, mas também nas produções historiográficas que se debruçaram sobre Bakunin e sua obra."

— Felipe Corrêa

"Em resumo, enquanto Bakunin, quaisquer que sejam suas faltas, era essencialmente um libertário, Nechayev, quaisquer que sejam suas virtudes, era essencialmente um autoritário. Seus mentores não eram Fourier, Proudhon e Bakunin, mas Robespierre, Babeuf e Tkachev, cujos princípios jacobinistas ele levou às últimas dimensões. Longe de ser um anarquista, ele era um apóstolo da conveniência política, preocupado com os meios de conspiração e com organizações centralizadas, mais que com o objetivo de uma sociedade sem estado. Seu jacobinismo e maquiavelismo entravam em atrito com o espírito libertário, rodeando o anarquismo com uma aura de brutalidade e crueldade que eram alheios a o ideal de liberdade e dignidade humana, era maculado, rebaixado, e, por fim, distorcido ao irreconhecível."

— Paul Avrich
Sept. 4, 2025 read
eu ~não~ esperava que esse livro fosse ser tão interessante. sinceramente, eu tava esperando um livro meio acadêmico demais e abstrato, mas acabou que ele me fisgou do início ao fim (comecei e terminei no mesmo dia). não é apenas um livro sobre política, é também um livro sobre relações interpessoais e sobre ética. é razoável usar-se de todos os meios escusos possíveis para se lutar por uma causa que você crê ser justa? os fins justificariam os meios nesse caso?
anarquismo história moral nigra koro distro política
Medicina e colonialismo Goodreads
author: Frantz Fanon Terra sem Amos 2020
No texto, inédito em língua portuguesa, o autor apresenta diversas formas de resistência oferecidas pelo povo argelino ante a presença do médico-colonizador, como a desobediência ao tratamento, a recusa em explicar o que passava ou sentia, assim como a transformação dessa postura quando a Frente de Libertação Nacional (FLN) assumiu partes do cuidado da saúde do povo argelino em sua guerra de libertação contra o colonialismo francês, ocorrida entre os anos de 1954 a 1962.