O jogo com 192 bosses
A jogo é dividido em seis mundos e é bem visível como o estúdio foi ganhando recursos enquanto desenvolvia o jogo. O primeiro mundo é absurdo de limitado em movimentação e mapa. No segundo a coisa expande e do terceiro em diante havia mesmo dinheiro para fazer as coisas hahaha
Mas Wukong conta a história de como um macaco revive a história do lendário Wukong e vai ser tornando ele mesmo à medida que segue seus passos. O jogo é muito baseado no encontro com chefes, o que por um lado é interessante, mas às vezes te deixa meio preso.
Contudo, a possibilidade de rearranjo de características e habilidades é muito interessante e vai sendo cada vez mais útil enquanto o jogo avança: às vezes, para passar um único boss vale a pena trocar todo o estilo de jogo.
A contação da história é entruncada, mas é também instigante. Cada inimigo encontrado completa uma faceta da história do Wukong e tem sua própria história também, descrita no inventário. Foi um dos meus primeiros contatos com lendas chinesas e algumas coisas pareciam apenas não fazer sentido, mas com o tempo fui notando que é a estrutura de contos que é diferente das que estou acostumado.
Uma pena que alguns bosses precisam ser enfrentados num momento específico e se não forem, são perdidos. Isso é meio frustrante.
É um jogo que vale a pena ser jogado sabendo que teve suas limitações iniciais (e que embora lindo visualmente está cheio de paredes invisíveis e que quando ele tenta fazer um mundo aberto, esse mundo está em boa parte vazio) mas que é interessante por apresentar lendas/formas de contas história que talvez não estejamos familiarizados e com mecânicas conhecidas, como é a árvore de habilidades, mas com uma facilidade de reposicionamento e adaptação pontual que não vi em nenhum outro jogo.
Valeu muito jogar! Será que o próximo Black Myth vai se mostrar à altura?