Não Verás PaÃs Nenhum [Book] Goodreads
author:
Ignácio de Loyola Brandão
Global
2001
- 1
Durante muitas décadas a poesia A Pátria, de Olavo Bilac, foi lida, decorada e recitada pelas crianças brasileiras. Os versos iniciais diziam: "Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!/ Criança! Não verás nenhum paÃs como este!" Não deixa de ser uma ironia cruel encontrar o verso bilaqueano adotado como tÃtulo (e com seu significado virado pelo avesso) de um dos romances mais devastadores e pessimistas da literatura brasileira, o oposto do róseo otimismo do poeta das estrelas, Não Verás PaÃs Nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão.
Enquanto gerações de crianças brasileiras recitavam o poema de Bilac, o paÃs (aliás, em sintonia com o mundo) ia acelerando, lentamente, o seu processo de autodestruição, com a devastação das florestas, o acúmulo de lixo, a degradação do meio ambiente, a que se juntou, nos últimos tempos, à destruição da camada de ozônio do planeta, projetando perspectivas sombrias para a humanidade.
Romance apocalÃptico, no sentido de contar uma história do fim dos tempos, Não Verás PaÃs Nenhum se desenrola em um futuro não determinado, mas cada vez mais presente na realidade do brasileiro. Uma época terrÃvel, na qual a Amazônia se transformou em um deserto sem nenhuma árvore; onde "O lixo forma setenta e sete colinas que ondulam, habitadas, todas. E o sol, violento demais, corrói e apodrece a carne em poucas horas"; onde a carência de água impõe a reciclagem da urina, bebida pelas pessoas. A administração do paÃs chegou ao caos. Governantes medÃocres, cada vez mais afastados do povo, interessados apenas em vantagens pessoais, uma polÃcia corrupta e assustadora.
No meio desse mundo sombrio, uma história de amor, na qual o autor sugere que nem tudo está perdido, pelo menos enquanto o bicho-homem alimentar esperanças e for capaz de gestos de generosidade.
Enquanto gerações de crianças brasileiras recitavam o poema de Bilac, o paÃs (aliás, em sintonia com o mundo) ia acelerando, lentamente, o seu processo de autodestruição, com a devastação das florestas, o acúmulo de lixo, a degradação do meio ambiente, a que se juntou, nos últimos tempos, à destruição da camada de ozônio do planeta, projetando perspectivas sombrias para a humanidade.
Romance apocalÃptico, no sentido de contar uma história do fim dos tempos, Não Verás PaÃs Nenhum se desenrola em um futuro não determinado, mas cada vez mais presente na realidade do brasileiro. Uma época terrÃvel, na qual a Amazônia se transformou em um deserto sem nenhuma árvore; onde "O lixo forma setenta e sete colinas que ondulam, habitadas, todas. E o sol, violento demais, corrói e apodrece a carne em poucas horas"; onde a carência de água impõe a reciclagem da urina, bebida pelas pessoas. A administração do paÃs chegou ao caos. Governantes medÃocres, cada vez mais afastados do povo, interessados apenas em vantagens pessoais, uma polÃcia corrupta e assustadora.
No meio desse mundo sombrio, uma história de amor, na qual o autor sugere que nem tudo está perdido, pelo menos enquanto o bicho-homem alimentar esperanças e for capaz de gestos de generosidade.