finished reading Os arquétipos e o inconsciente coletivo Vol. 9/1 🌕🌕🌕🌕🌑
Nessa #QuartaCapa sobre livros que fazem a gente mudar a opinião sobre nosso gênero, esse livro que li na adolescência é inescapável.
A base do pensamento junguinano é que todos nós temos todas as coisas do mundo dentro da nossa cabeça desde o nascimento, mas desenvolvemos só algumas delas à medida que vamos crescendo, e que a maior parte dos problemas mentais vem desse desequilíbrio, desse desenvolvimento incompleto e parcial. E o gênero está incluído nisso. A maioria dos homens adoece por não desenvolver seu lado feminino, ou *anima*, enquanto as mulheres adoecem por não desenvolver seu lado masculino, ou *animus*.
Vendo o texto hoje para recomendar, fica claro que Jung tem um pensamento bastante binária, e encara as características de gênero (emoção feminina e racionalidade masculina) como naturais e não arbitrárias. Apesar disso, é um livro que me fez entender que os papéis de gênero muito estreitos são patológicos, porque se baseiam na supressão e atrofia de características que são importantes para sermos completos e saudáveis. E que uma sociedade e educação saudáveis deveria avançar para a abolição dos papéis de gênero (papéis, não expressão).
(É meio ridículo que a maior parte dos junguianos popstar de hoje em dia falem mais em se identificar com os arquétipos dominantes (o próprio gênero de identificação) que em integrar os arquétipos pouco desenvolvidos, (o gênero oposto) o que é o exato oposto do que Jung recomenda.