Morangos mofados [Book] Goodreads
author:
Caio Fernando Abreu
Agir
2005
- 4
Os anseios dos anos 1970 e a falta de perspectiva de concretizá-los são uma realidade que se mostra atual. O sonho pode ter acabado, mas não morreu. E Caio Fernando Abreu mostra isso com perícia, desvendando o ser humano nos seus momentos mais íntimos, buscando a verdade e o conhecimento de si mesmo e do outro ora como poesia, ora com crueza, mas sempre com a sutileza e a ironia de um mestre.
O medo e a insegurança dominam os nove contos que compõem a primeira parte do livro, "O mofo", na qual está representada a vida sob a ditadura militar e a restrição de liberdade. A dor permeia toda essa parte, perpassando os oito contos da seguinte, "Os morangos". Na última, composta de um único conto, que dá nome ao livro, Caio sinaliza uma esperança: os morangos estão mofados, mas ainda assim guardam o frescor em sua essência.
Numa carta a um amigo, que poderá ser lida no final deste volume, Caio conta o processo de criação de "Morangos mofados", a analogia com a música "Strawberry Fields Forever", o mergulho sofrido e necessário no mundo interior para dele extrair a literatura, além de sua admiração por Clarice Lispector e Dalton Trevisan. Então, esclarece por que o último conto tem um cunho positivo: o personagem se rebelou, libertando-se do autor e decidindo o final à revelia dele.
O medo e a insegurança dominam os nove contos que compõem a primeira parte do livro, "O mofo", na qual está representada a vida sob a ditadura militar e a restrição de liberdade. A dor permeia toda essa parte, perpassando os oito contos da seguinte, "Os morangos". Na última, composta de um único conto, que dá nome ao livro, Caio sinaliza uma esperança: os morangos estão mofados, mas ainda assim guardam o frescor em sua essência.
Numa carta a um amigo, que poderá ser lida no final deste volume, Caio conta o processo de criação de "Morangos mofados", a analogia com a música "Strawberry Fields Forever", o mergulho sofrido e necessário no mundo interior para dele extrair a literatura, além de sua admiração por Clarice Lispector e Dalton Trevisan. Então, esclarece por que o último conto tem um cunho positivo: o personagem se rebelou, libertando-se do autor e decidindo o final à revelia dele.